Um tribunal dos Estados Unidos ordenou nesta segunda-feira (6) o fechamento temporário do Dakota Access Pipeline, um oleoduto cuja rota foi rejeitada por anos por tribos indígenas e grupos ambientalistas.

O oleoduto de quase 1.900 km, que une a bacia da formação Bakken na Dakota do Norte a um centro de distribuição em Illinois, deve interromper a operação antes de 5 de agosto.

Em um relatório de 24 páginas, o juiz de Washington James E. Boasberg considerou que o oleoduto não atende aos padrões ambientais, especialmente no que diz respeito aos riscos de um vazamento de petróleo.

Portanto, suspendeu uma licença de operação concedida pelo Corpo de Obras Públicas do Exército dos Estados Unidos à empresa Energy Transfers para construir uma parte do oleoduto sob o lago da represa de Oahe em Dakota do Sul e Dakota do Norte, o quarto reservatório artificial em tamanho do país.

“Temendo sérias consequências ambientais, as tribos nativas americanas nas reservas próximas tentam há vários anos cancelar as licenças federais que autorizam a Dakota Access Pipeline a transportar petróleo sob o lago”, escreveu o juiz.

“Hoje, finalmente alcançaram seu objetivo, pelo menos por enquanto”, acrescentou.

A decisão é um grande revés para o presidente Donald Trump, que relançou o Dakota Access Pipeline em janeiro de 2017, pouco depois de assumir o cargo de presidente, junto com outro projeto de oleoduto polêmico, o Keystone XL.

Ambos os projetos foram paralisados pelo governo Obama.

A decisão de Trump foi fortemente questionada pelas tribos sioux de Standing Rock e de Cheyenne River, que entraram com ações na justiça alertando sobre ameaças de contaminação da água potável e da degradação de seus locais sagrados.