As redes sociais têm poder. Isso é indiscutível. Elas podem transformar um desconhecido em ídolo da noite para o dia. E também podem levar celebridades para o ostracismo na mesma velocidade. Vale para o meio artístico da mesma maneira que é aplicada ao esporte, à política e a muitos outros setores. No meio de tudo isso, transitam com facilidade no tribunal da internet as fake news, mensagens de ódio e racismo e de apologia a crimes.

Nesse cenário, cada vez mais empresas como Facebook e Twitter são pressionadas a controlar os posts produzidos por terceiros, seja com avisos de conteúdo duvidoso, seja com a remoção das postagens ou até a exclusão de perfis. Essa disputa ganhou um novo capítulo.

O Estado da Flórida, nos EUA, foi o primeiro do país a aprovar uma lei que multa os serviços de redes sociais que excluírem notícias com a justificativa de que os conteúdos ferem regras estabelecidas pelas próprias big techs. Uma discussão – comercial, ética e jurídica – tão interessante quanto complexa.

No Brasil, o governo federal prepara decreto semelhante. Talvez para deixar caminho livre para atuação do tal ‘gabinete do ódio’ nas eleições de 2022. Alguém duvida?

(Nota publicada na edição 1224 da Revista Dinheiro)