BOGOTÁ (Reuters) – Cerca de 5.733 pessoas foram mortas ou desapareceram na Colômbia como parte de uma campanha contra o partido de esquerda União Patriótica (UP) entre 1984 e 2016, atos associados a grupos paramilitares com apoio do Exército, disse o tribunal transicional de Justiça do país nesta sexta-feira.

Segundo a Jurisdição Especial para a Paz (JEP), aproximadamente 4.616 das vítimas foram assassinadas, e 1.117 desapareceram à força ao longo das mais de três décadas.

Nem todos os afetados tinham relação com a UP, disse a JEP, acrescentando que 538 dos mortos ou desaparecidos em atos contra o grupo não eram membros do partido.

A UP foi a primeira tentativa do grupo de guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), hoje em dia desmobilizado, de formar um partido político.

Os ataques foram realizados por homens armados paramilitares de direita, embora haja evidências do envolvimento de agentes estatais, disse a JEP em comunicado.

A JEP foi criada sob um acordo de paz de 2016 entre rebeldes da FARC e o governo e tem o objetivo de julgar ex-combatentes, distribuindo punições alternativas em troca de transparência total.

(Reportagem de Oliver Griffin)

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