Pelo menos três endereços no bairro São Bernardo, em Belo Horizonte, em que vivem primos e tios de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foram vasculhados pela Polícia Militar de Minas Gerais e integrantes do Ministério Público estadual nesta terça-feira, 23. Ninguém foi preso.

Os policiais chegaram por volta das 6 horas e deixaram as residências pouco depois das 8h30. A força-tarefa estava à procura da mulher de Queiroz, Márcia de Oliveira Aguiar, considerada foragida da Justiça desde 18 de junho. Neste mesmo dia, o ex-assessor investigado no esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi preso no sítio do advogado Frederick Wassef, em Atibaia, interior de São Paulo. Ontem, a defesa de Márcia entrou com pedido de habeas corpus na Justiça do Rio.

Em um dos imóveis no bairro de classe média baixa de Belo Horizonte, uma casa azul que fica sobre uma lanchonete, morava, segundo vizinhos, uma tia e madrinha de Queiroz, conhecida como “Dindinha”, que morreu na semana passada. A casa, em que outros parentes do ex-auxiliar do hoje senador continuam morando, foi um dos alvos da PM.

Moradora do imóvel da frente há cerca de 50 anos, a costureira Valmeir Silva, de 66 anos, conta que conhece Queiroz desde criança. “Era um moço sonhador que saiu novo daqui e foi pro Rio de Janeiro”, disse. “Vinha muito aqui. Passava férias quando seus filhos eram pequenos. Mas há muito tempo não aparece. Sua mulher também vinha.”

Outros vizinhos dizem conhecer Queiroz e confirmam visitas à casa, mas dizem nunca ter visto sua mulher no imóvel. Conforme dona Valmeir, a mãe do ex-assessor de Flávio também chegou a morar no imóvel.