Estudo realizado pelo Sebrae Nacional mostra os MEIs (microempreendedores individuais) são os que apresentam maior taxa de mortalidade em até cinco anos. Segundo a pesquisa Sobrevivência de Empresas realizada pelo Sebrae, três em cada 10 MEIs fecham as portas antes dos cinco anos.

Conforme o levantamento, a taxa de mortalidade desses negócios é de 29%, enquanto que as microempresas têm uma taxa de falência de 21,6% e as de pequeno porte, de 17%.

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De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova que quanto maior o porte da empresa, maior a sobrevivência do negócio, pois o empresário tem um preparo maior e, muitas vezes, opta por empreender por oportunidade e não por necessidade.

“Entre os microempreendedores individuais há uma maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio e que, por isso, se capacitam menos e possuem um menor conhecimento e experiência anterior no ramo que escolheram, o que afeta diretamente a sobrevivência do negócio”, afirma Melles.

Segundo o estudo, é possível inferir também que a maior taxa de mortalidade dos MEIs também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, em comparação às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP).

Além disso, considera o Sebrae, quanto menor o porte da empresa maior a dificuldade em conseguir crédito para manter o capital de giro e superar os obstáculos ocasionados pela pandemia da covid-19.

Entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa. Ainda segundo o levantamento, apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito.

Ao analisar a sobrevivência por setor, a maior taxa de mortalidade em cinco anos é verificada no comércio (30,2%). Na sequência, aparecem indústria da transformação (com 27,3%) e serviços, com 26,6%. As menores taxas de mortalidade estão na indústria extrativa (14,3%) e na agropecuária (18%).