O transporte de carga aérea recuperou em janeiro seu nível anterior à crise da covid-19, uma “boa notícia” mas que não compensa a queda do tráfego de passageiros, disse nesta terça-feira (2) a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

O transporte de passageiros, que representa 85% do faturamento, vai “de mal a pior”, disse a IATA: em janeiro, o tráfego – que é calculado em passageiros por km – caiu 72% em comparação ao mesmo mês de 2019.

Para o transporte aéreo de passageiros, “2021 começa pior que 2020”, disse em um comunicado de imprensa o diretor-geral da associação, Alexandre de Juniac. Mesmo se “aumentar a taxa de vacinação (contra o coronavírus), as novas variantes obrigam os Estados a endurecer ainda mais as restrições de viagens”.

Por outro lado, de acordo com a relação tonelada-km, o volume de carga transportada por via aérea em janeiro aumentou 1,1% em relação a 2019, período de referência antes da crise sanitária, e 3% tomando como referência dezembro de 2020, informou a IATA no comunicado.

Esta tendência aumentou na região da América do Norte (+11,7%), enquanto diminuiu na Ásia-Pacífico (-6,8%) e ficou quase estável na Europa (-0,4%).

Este retorno ao nível pré-pandemia, que prejudicou o transporte aéreo por mais de um ano, “representa uma boa notícia, necessária para a economia mundial”, continuou De Juniac.

As companhias aéreas perderam US$ 510 billhões em lucros em 2020, e prevêem que o tráfego aéreo em 2021 seja apenas de entre 33% e 38% do que foi em 2019, alertou a IATA em 24 de fevereiro, enquanto espera uma “forte recuperação” no segundo semestre graças à vacinação.