SÃO PAULO (Reuters) – O tráfego de passageiros em voos da Azul em abril recuou 9,1% em relação a março, segundo dados informados pela companhia aérea nesta segunda-feira, mostrando os efeitos sobre o setor da segunda onda de contaminação pela Covid-19 no Brasil.

Na comparação com abril de 2020, quando uma primeira fase das medidas de isolamento social suspenderam quase por completo a aviação comercial no país, a demanda por assentos da companhia cresceu 523,7%.

Já a oferta de voos pela Azul no mês passado foi 16,5% menor do que em março, embora tenha crescido 455,8% no comparativo anual. Assim, a taxa de ocupação das aeronaves cresceu 6,3 pontos percentuais na base sequencial e alta de 8,5 pontos em relação a um ano antes.

A recuperação no comparativo ano a ano deveu-se quase totalmente à melhora do voos domésticos, dado que nas operações internacionais o movimento de abril equivalia a apenas cerca de 15% do registrado em abril de 2019.

O tráfego doméstico do mês passado correspondeu a cerca de três quartos da atividade observada em abril de 2019, último mês correspondente antes da pandemia.

“Em abril, seguimos gerenciando ativamente a capacidade de acordo com a demanda, que foi impactada pela segunda onda da pandemia Covid-19 e pelas medidas de quarentena implementadas em todo o país”, afirmou em nota o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson.

Na semana passada, a rival Gol havia anunciado que a demanda por seus voos em abril foi 36% menor do que em março.

(Por Aluísio Alves)

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