A greve de trabalhadores que acontece nesta sexta-feira, 30, não conta com a participação dos funcionários do metrô, CPTM e ônibus na capital paulista, que iniciaram as operações normalmente, conforme a decisão anunciada ontem. Ainda que não tenham aderido à greve, os trabalhadores do transporte público paulistano reiteraram ser contrários às reformas propostas pelo governo Michel Temer.

Na manhã desta sexta-feira, o principal ponto de protesto em São Paulo era a Avenida Washington Luís, na altura do aeroporto de Congonhas. A manifestação, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores sem-teto (MTST), chegou a atrapalhar o trânsito, mas, após negociação com a polícia, os participantes concordaram em sair das pistas e passaram a protestar dentro do aeroporto. No cruzamento entre as avenidas Ipiranga e São João, trabalhadores sem-teto que moram na região bloquearam o trânsito, mas a polícia interveio e ao menos dois manifestantes foram presos.

A Rodovia Anchieta também foi bloqueada no sentido São Paulo, na divisa entre São Bernardo do Campo e a capital, mas já foi liberada. A Frente Brasil Popular afirmou que participam deste protesto metalúrgicos e outros trabalhadores do ABC paulista.

A primeira manifestação no País foi registrada em Niterói, na Praça Arariboia, em frente à Estação das Barcas, em Niterói. A concessionária CCR informou que, mais cedo, cerca de cem pessoas protestavam pacificamente e que funcionários conseguiam acessar o terminal normalmente, prevendo funcionamento normal do serviço. Ainda assim, os aquaviários anunciarão que irão aderir à greve geral. Manifestantes saíram em passeata pelas ruas da cidade.

Funcionários do metrô e ônibus não aderiram à paralisação.

Na capital fluminense, o Centro de Operações da Prefeitura relatou bloqueio do fluxo de veículos, interditado com barricadas e fogo na pista, na Avenida Brasil, saída da ponte Rio-Niterói e na Linha Vermelha, sentido Centro. Protestos similares foram registrados em Porto Alegre e em Campinas, onde a rodovia Santos Dumont chegou a ser bloqueada por alguns minutos mas já teve o trânsito liberado pela polícia.

Ainda, manifestantes tentaram bloquear a Avenida Rodrigues Alves, no centro, em frente à Rodoviária Novo Rio, de onde partem ônibus intermunicipais e interestaduais. Um grupo contrário às reformas trabalhista e previdenciária está concentrado nas pistas sentido centro, com o objetivo de impedir a passagem de carros e ônibus, e são coibidos pela Guarda Municipal.

Em Brasília, o metrô e a maioria dos ônibus ficará fora de operação. Conforme a PM da capital federal, manifestantes estão concentrados na Esplanada dos Ministérios. Também foram verificadas manifestações em Santos, Guarulhos, interior paulista, além de protestos em Minas Gerais, Ceará e Pernambuco.