Um dos principais dias do ano para o varejo em todo mundo, a Black Friday de hoje (27) também representa uma bela dor de cabeça para a Amazon, já que trabalhadores, sindicatos, grupos de direitos humanos e ambientalistas marcaram protestos contra a principal rede varejista global no “Make Amazon Pay”.

Liderando o processo estão a UNI Global, um sindicato internacional de trabalhadores, a Oxfam e o Greenpeace. Eles elaboraram uma lista de demandas comuns que incluem aumento de salários e benefícios para trabalhadores dos armazéns da Amazon; quebra de direitos trabalhistas e acordos feitos com os sindicatos; o compromisso de encerrar contratos com a indústria de combustíveis fósseis.

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Um dos pontos levantados pelo grupo diz que enquanto a Amazon se tornou uma das corporações mais fortes no mundo durante a pandemia e seu CEO, Jeff Bezos, acumula uma fortuna superior a US$ 200 bilhões – a maior no mundo –, os trabalhadores estão arriscando a vida sem um aumento salarial digno.

Em março, no início da pandemia, a companhia aumentou em US$ 2 por hora o salário dos trabalhadores, medida que foi cortada menos de dois meses depois.

Segundo o Business Insider, os protestos desta sexta-feira estão marcados em 15 países: Brasil, México, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Itália, Polônia, Índia, Bangladesh, o Filipinas e Austrália.

Na Alemanha, trabalhadores de sete armazéns estão em greve.

Ao Business Insider, um representante da Amazon disse que os protestos são patrocinados por grupos com interesses particulares e que estão usando a rede para promoção de suas causas. Disse também que a companhia possui histórico de suporte aos empregados e consumidores, oferece boas condições de trabalho e está preocupada com o meio ambiente, adotando uma política de carbono zero até 2040.