A Toyota Motor ultrapassou a General Motors (GM) e, pela primeira vez, se tornou a montadora que mais vendeu carros nos Estados Unidos em 2021, impulsionada sobretudo pela escassez de chips semicondutores, que desferiu golpe desigual ao setor automotivo.

A montadora japonesa, que durante décadas trabalhou para expandir sua presença nos EUA, superou a GM em cerca de 114 mil veículos no ano passado. As vendas totais da Toyota nos EUA somaram 2,3 milhões, um aumento de cerca de 10% em comparação com 2020, disse a empresa nesta terça-feira.

Em contraste, a GM relatou uma queda de quase 13% nos resultados, para um total de 2,2 milhões de veículos vendidos em 2021, em um momento em que a escassez de semicondutores teve um impacto maior em suas operações de fabricação e deixou os revendedores com menos veículos para vender. A GM era a maior vendedora de veículos nos EUA há décadas.

Outros fabricantes de automóveis estrangeiros e a gigante de carros elétricos Tesla também registraram expansão nas vendas dos EUA em 2021.

A Hyundai Motor Group, da Coreia, pelo segundo ano consecutivo, obteve ganhos de participação consideráveis, vendendo 738.081 veículos em 2021 e aumentando as vendas em cerca de 19% em relação ao ano anterior, informou a empresa hoje.

Mazda Motor, Volkswagen e BMW também tiveram vendas mais fortes do que a média, estima a empresa de pesquisa Cox Automotive.

No geral, os fabricantes de automóveis venderam pouco menos de 15 milhões de veículos nos EUA no ano passado, de acordo com uma previsão da empresa de pesquisas J.D. Power. Esse total representaria leve alta em relação a 2020, quando o início da pandemia prejudicou as vendas de automóveis durante parte daquele ano. Mas é uma queda acentuada da marca de 17 milhões de veículos que a indústria havia superado por cinco anos consecutivos antes disso.

Especialistas esperam outro ano tímido de vendas de veículos, embora a escassez de chips deva diminuir gradualmente nos próximos meses. Executivos do setor automotivo disseram que poderia levar o ano inteiro para repor substancialmente os estoques das concessionárias, o que provavelmente reduzirá as vendas, apesar do que as concessionárias dizem ser uma forte demanda subjacente.