A Toyota está investindo no que pode ser considerado o futuro do mercado de carros e nesta quinta-feira (12) lançou o Kinto One, serviço de terceirização de frotas corporativas. O investimento inicial será de R$ 1,1 bilhão e mira diretamente no mercado de locação de carros, em alta devido a expansão dos serviços por aplicativo.

Em entrevista à revista Exame, o presidente da Toyota e da Kinto para a América Latina e Caribe, Masahiro Inoue, disse que o mercado se prepara para uma mudança nos padrões de consumo dos carros, agora não mais com os clientes tendo posse de um veículo, mas apostando no conceito de mobilidade.

Por isso, alugar carros por um período determinado e sem precisar arcar com os custos que a manutenção de um veículo exige, tende a ser mais atrativo no futuro.

+ Toyota registra lucro 11% menor no 2º trimestre fiscal, mas supera expectativas –
+ Toyota prevê mercado 25% maior em 2021, mas diz ter até ‘plano X’
+ Tesla passa Toyota e se torna montadora mais valiosa

O Kinto One faz parte da Kinto, uma joint venture criada no Japão em 2019 em conjunto com a Toyota Financial Services e o grupo Mitsui. O objetivo da companhia é oferecer carros da Toyota e da Lexus para empresas que queiram terceirizar a frota de veículos com condições especiais.

E o mercado para expansão da marca é ilimitado, já que boa parte das empresas brasileiras trabalham com frota própria. Pensando em um cenário de redução de custos, ter um serviço que trabalhe sob medida e sem as necessidades de manutenção interna, a terceirização acaba se tornando viável e a economia pode variar entre 30% e 50%, segundo a Toyota.

A Toyota deve movimentar R$ 1,1 bilhão nos próximos cinco anos e não vai estabelecer um limite mínimo de unidades contratadas, o que permite às empresas mais elasticidade no momento de adequar necessidades internas com o budget projetado para gastos deste tipo. Além disso, a montadora vai apresentar condições vantajosas para contratos envolvendo carros híbridos.

Para 2021, a ideia é trazer o Kinto Flex, com foco também nos consumidores pessoa física.