Centenas de elefantes que morreram misteriosamente no famoso delta do Okavango em Botsuana sucumbiram provavelmente por causa de toxinas naturais, informou o Departamento de fauna silvestre nesta sexta-feira (31).

O país do sul africano tem a maior população de elefantes, calculada em torno de 130 mil, e aproximadamente 300 foram mortos desde março.

África do Sul reduz caça furtiva de rinocerontes pela metade

Nuvem de gafanhotos está praticamente extinta na Argentina

As autoridades já descartam que as causas estejam relacionadas com antrax ou a caça furtiva, pois as presas dos paquidermes permaneceram intactas.

Provas preliminares realizadas em vários países não tem sido conclusivas e outras mais estão em andamento, afirmou à AFP o chefe do Departamento da fauna silvestre e parques, Cyril Taolo, em entrevista telefônica.

“Mas com base em alguns resultados preliminares que temos recebido, estamos pensando que a causa provável são as toxinas naturais”, informou.

“Até agora não temos estabelecido uma conclusão sobre qual é a causa da mortalidade”, indicou.

Veneno natural

Ele explicou que algumas bactérias podem produzir veneno naturalmente, especialmente em águas paradas.

O governo já registrou que 281 elefantes morreram, apesar de que organizações conservacionistas indicam que o número de mortes já superou os 350.

As mortes foram declaradas primeiro pela organização de conservação da vida silvestre Elephants Without Borders (EWB), cujo o relatório confidencial sobre 356 elefantes mortos foi divulgado no começo de julho.

EWB suspeitou que os elefantes estavam morrendo em uma determinada área há quase três meses, e que a mortalidade não estava relacionada com a idade ou o sexo dos animais.

Alguns elefantes vivos estão debilitados, letárgicos e magros, e outros mostram sinais de desorientação, dificuldade para caminhar o estão mancos, informou a EWB.

Exames estão sendo realizados por laboratórios especializados na África do Sul, Canadá, Zimbábue e os Estados Unidos.