O polêmico Touro de Ouro instalado em frente a sede da B3, a Bolsa de Valores brasileira, em São Paulo, amanheceu vandalizado nesta quinta-feira (18). Esta é a segunda vez que a instalação passa por algum tipo de intervenção de movimentos sociais.

Desta vez, o coletivo “Juntos”, um movimento de base do PSOL, pichou o touro com os dizeres “Taxar os Ricos”. Segundo o movimento, a ideia do ato é expor a “contradição entre a existência de bilionários enquanto o povo vive a procura de ossos de boi e carcaças de frango”.

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“A intervenção na escultura inaugurada em frente a Bolsa de Valores em São Paulo é parte da campanha do nosso movimento que busca dizer que Nem a fome, nem os bilionários deveriam existir: taxar os ricos para combater a crise”, publicou o coletivo no Twitter.

Ontem (17), o touro já havia sido alvo de protestos contra a fome.

Touro de ouro da B3

Desenvolvido pelo artista plástico Rafael Brancatelli, em parceria com o economista e apresentador Pablo Spyer, a escultura pesa quase uma tonelada e possui cinco metros de comprimento. Trata-se de uma reprodução do touro de Wall Street, em Nova York, a representação do mercado financeiro nos Estados Unidos.

Em nota, a bolsa brasileira diz que a escultura “simboliza o mercado financeiro e a força do povo brasileiro”.

O touro é construído sobre uma estrutura metálica tubular com multicamadas de fibra de vidro de alta densidade e pintura de alta temperatura anticorrosiva. São 5,10 metros de comprimento, 3 metros de altura e 2 metros de largura.

No mercado financeiro, o touro representa “otimismo e a força dos investidores”. Acredita-se que a origem dessa metáfora está numa expressão usada no mercado financeiro para se referir ao movimento de alta nos papéis, com o chamado “bull market” (mercado do touro).

O touro de Wall Street tem 3,4 metros de altura, 4,9 metros de comprimento e pesa 3,2 toneladas. A escultura foi criada pelo escultor siciliano Arturo Di Modica, em 1989.