A Toshiba, vítima de uma sucessão de crises internas nos últimos anos, anunciou nesta quinta-feira (8) a redução de 5% de seus efetivos e a liquidação ou venda das filiais.

Embora o conglomerado industrial japonês tenha registrado lucro líquido recorde de 1,08 trilhão de ienes (8,3 bilhões de euros) para o período abril-setembro, o lucro se deve, em grande parte, à enorme soma recebida pela venda da lucrativa filial de cartões de memória Toshiba Memory.

Se não fosse por isso, pode-se dizer que a Toshiba não é mais que a sombra do que foi, e o grupo admite que busca uma forma de garantir seu futuro limitando os riscos.

Além disso, este resultado líquido, equivalente a mais da metade do volume de negócio semestral (1,7 trilhão de ienes), esconde uma realidade financeira e industrial menos gloriosa. O lucro de exploração caiu 81%, a 7 bilhões de ienes. O grupo se viu forçado a continuar se desfazendo de tudo que não for estratégico.

“Se olharmos para os próximos 20 a 30 anos, vai continuar a revolução das revoluções materiais e imateriais – de Internet – pelo que devemos acentuar ainda mais nossa pesquisa e desenvolvimento nestes âmbitos”, declarou o presidente da Toshiba, Nobuaki Kurumatani, em coletiva de imprensa.

Assim, está prevista a eliminação de cerca de 7 mil vagas em cinco anos – das 140 mil existentes na empresa, uma gigante com diversas filiais que o presidente quer reduzir em 25%, tanto no Japão, quanto no exterior.