A queda de 12,17% no pregão desta segunda-feira (9), o maior desde setembro de 1998, deixou rastros nas principais empresas do País, que perderam bilhões em valor de mercado.

Os ânimos do mercado interno foram fortemente influenciados pelos rumos que a economia externa tomou logo na noite de domingo (8), quando os primeiros impactos da guerra tarifária pelo petróleo, envolvendo Arábia Saudita e Rússia, foram se desenrolando.

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Com a queda de 31% do brent logo cedo e os sustos causados pelo coronavírus se expandindo fora da China, a bolsa brasileira ultrapassou os 10% de queda e acionou o “circuit breaker”, interrompendo os negócios por trinta minutos. O mesmo aconteceu nas bolsas norte-americanas, que amanheceram em baixa e ficaram paralisadas por alguns minutos.

Dado o nível da queda nos valores dos barris de petróleo, as ações da Petrobras foram as que mais sentiram o caos e caíram 29,68% para os ativos ON e 29,70% para as ações PN, perdendo R$ 91,12 bilhões em valor de marcado apenas nesta segunda. Desde a volta do carnaval a estatal já perdeu mais de R$ 177 bilhões.

A Vale, como não podia ser diferente, viu seus papéis caírem 15,20% e perdeu R$ 34,77 bilhões em valor de mercado. O acumulado pós carnaval já registra perdas de R$ 63 bilhões.

Os bancos seguiram a lista das empresas que mais sofreram. O Bradesco perdeu R$ 18,3 bilhões ontem, seguido por Itaú Unibanco com R$ 15,9 bilhões, Banco do Brasil (R$ 13,3 bilhões) e Santander (R$ 12,7 bilhões).

Ao todo, entre as 285 empresas listadas na B3 a perda total foi de R$ 431 bilhões, acumulando saldo negativo que ultrapassa R$ 1 trilhão somente neste ano.