Aos apaixonados por café, aqui vai mais uma evidência: tomar café regularmente pode reduzir a chance de morte por problemas cardíacos. Ao menos é isso que relata a pesquisa publicada e apresentada no ESC Congress 2021.

De acordo com o estudo, que analisou mais de 460.000 integrantes do Biobanco do Reino Unido, o consumo moderado de café preto (entre 0,5 e 3 xícaras por dia) pode reduzir a chance de morte por diversas causas. O consumo moderado mostrou uma chance 12% menor de morte por causas diversas. 17%, ademais, para doenças cardiovasculares e 21% para AVC.

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Outras pesquisas recentes, aliás, mostraram a associação entre tomar café regularmente com uma melhora na saúde de forma geral. Dados mostram que a bebida pode prevenir diabetes, doenças hepáticas e até mesmo o mal de Parkinson.

Todavia, vale ressaltar que a maioria das pesquisas levam em consideração o consumo de café preto, assim como é o caso desta nova descoberta. Ou seja, adicionar leite, creme, açúcar e outros ingredientes ao café pode aumentar significativamente a quantidade de calorias da bebida. Isso pode, portanto, amenizar quaisquer benefícios que a bebida possa ter.

Além do mais, é consenso que tomar café regularmente é um hábito a se evitar para mulheres gestantes e pessoas que já desenvolveram algum nível de Parkinson.

Das mais de 460.000 pessoas envolvidas no estudo, em torno de 30.000 delas passaram por ressonâncias magnéticas cardíacas. Isso mostrou também uma correlação entre corações mais saudáveis e pessoas mais ávidas no consumo da bebida.

Em média, os resultados dos pacientes passaram por uma análise e acompanhamento ao longo de 11 anos. A idade média dos voluntários, ademais, era de 56 anos de idade, dos quais 55% eram mulheres.

De acordo com a autora e cardiologista Judit Simon “Este é o maior estudo a medir sistematicamente os efeitos cardiovasculares do consumo regular de café em uma população sem doenças cardíacas diagnosticadas.”

Dentre as classificações na pesquisa, os voluntários receberam três categorias. A primeira se referia àqueles que não têm o hábito de tomar café regularmente, sendo 22%. Em segundo lugar, o consumo leve a moderado – que mostrou os melhores resultados – possuía 58,5% dos voluntários, e a última classificação contava 19,5% que consumiam mais de três xícaras ao dia.