O projeto de lei da Casa Civil sobre a venda ilimitada de terras para estrangeiros ficou pronto, na semana passada, e deve ser votado na Câmara dos Deputados. Caso passe e se torne lei, não são apenas os chineses que devem investir por aqui, depois de terem comprado grandes extensões de terra em todo o mundo, principalmente na África. Europeus, canadenses e americanos também estão interesados em latifúndios no Brasil.

O Harvard Management Company (HMC), fundo de investimentos da universidade americana, dono de um caixa de US$ 35,7 bilhões, é um deles. No Brasil, o fundo já é investidor na Floresteca, grupo agrícola que opera em 48 mil hectares no Pará, onde cultiva 22 mil hectares de teca e cria 15 mil cabeças de gado. Em 2010, na época em que o governo brasileiro proibiu a venda de terras a estrangeiros, seus executivos já prospectavam áreas para comprar.

(Nota publicada na Edição 1013 da revista Dinheiro, com colaboração de: André Jankavski, Cláudio Gradilone, Márcio Kroehn e Vera Ondei)