Você conhece alguém que é rápido e direto, porém competitivo e dominante? Ou amigo e líder, mas, ao mesmo tempo, distraído e desorganizado? Ou flexível e paciente, só que também introvertido e estável? Ou detalhista e estudioso, no entanto, também conservador e crítico?

Executor. Comunicador. Planejador. Analista. Todo mundo tem um pouco de cada um destes perfis. Entender quais são e quem na sua organização se enquadra em cada um deles irá te ajudar a inovar sua gestão de pessoas e te levar para era do RH 4.0.

A Análise de Dados já não é mais apenas uma tendência. É uma nova forma de fazer gestão de pessoas. Por exemplo, realizando a análise do perfil comportamental dos colaboradores a partir do uso de softwares de inteligência artificial, que ajudam a identificar quais são suas características mais relevantes – suas habilidades, qualidades, dificuldades e uma série de indicadores essenciais para o RH analisar se o candidato tem o perfil indicado para vaga e tomar decisões mais assertivas na contratação e alocação de talentos. Com os dados levantados pelo sistema, os vieses pessoais que levariam o entrevistador a contratar alguém ou não são reduzidos ou eliminados. Assim, nasce a Gestão Comportamental.

Segundo levantamento da Grand View Research, o mercado global de gestão de recursos humanos irá chegar a US$ 30,01 bilhões em 2025, um crescimento anual de 11% entre 2019 e 2025. A expectativa positiva é decorrente do aumento da demanda por gestão da força de trabalho e da implementação de sistemas para automação do RH que incluem o emprego de novas tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas.

Estimamos que uma empresa com 50 colaboradores desperdiça em média R$ 408 mil por ano em contratações erradas, incluindo horas gastas em processo seletivo, treinamento, queda de produtividade no posto de trabalho e perda de negócios. Ao utilizar a análise de dados e gestão comportamental, é possível diminuir custos de contratação e formar equipes de alta performance, além de realizar, de forma mais assertiva, desde o processo de recrutamento e seleção até o desenvolvimento profissional de cada colaborador. 

Aqui na Sólides, personificamos a tecnologia contratando nossa querida colaboradora-robô Ana Lytics. A partir de suas análises, realizamos uma pesquisa sobre o perfil comportamental das empresas brasileiras com base em uma amostragem de mais de 1,5 milhão de pessoas. Aproveito este artigo para trazer alguns dados, insights e conclusões do nosso Sólides Report 2019.

Perfis dos Colaboradores

Nosso estudo concluiu que o perfil predominante mais comum dos trabalhadores brasileiros é o Comunicador, com 29,26%. Em seguida, vem o Planejador, com 27,61%. Em terceiro lugar aparece o Executor, com 24,64% e, por fim, o Analista, com 18,49%.

O mais interessante dessa análise é que, apesar do Executor ocupar o segundo lugar dentre os perfis predominantes da população brasileira, independente de estar trabalhando ou não, quem representa o mesmo espaço em contratação é o Planejador.

Observa-se, dessa maneira, que o mercado de trabalho tende a acentuar a contratação de Comunicadores e Planejadores.

Quais as possíveis consequências do perfil Analista ser o menos identificado entre os brasileiros?

Do ponto de vista coletivo, fica evidente os problemas com planejamento, trabalho com conformidade e regras. Além do excesso de visão de curto prazo em detrimento ao de médio e longo. A presença desse perfil em todas as empresas é fundamental, pois, como sabemos, a diversidade comportamental deve ser buscada para a formação de um time de alta performance. A ausência desse perfil nos traços de cultura nacional justificam as inúmeras ocorrências motivadas por impontualidade e atraso.

Brasil, uma nação de Comunicadores

Em todas as áreas da pesquisa, seja de maneira negativa ou positiva, o perfil Comunicador aparece com percentual acima dos outros. Isso é explicado pelo estilo de liderança dominante, porém informal.

O profissional brasileiro, em geral, preza por dinamismos nas relações interpessoais, bem como tomada de decisões rápidas, assumindo postura de comando, tendo pulso para determinar onde deseja chegar e passando mais ordens do que instruções. Ao mesmo tempo, é um líder mais franco, aberto e agregador, desprendido a regras e padrões pré-estabelecidos, ou seja, mais voltado para pessoas do que para coisas, preferindo, assim, alcançar seus objetivos por meio de diálogo e relacionamentos.

Metodologia DISC: o que é e por que adotá-la na gestão de pessoas?

Para realizarmos esta pesquisa, além de nossa própria plataforma de RH, utilizamos a teoria DISC, elaborada na década de 20 por William Marston, PhD em Psicologia pela Universidade de Harvard. A sigla surgiu de quatro tipos comportamentais descritos no livro “As emoções das pessoas normais”: Dominance (dominância), Influence (influência), Steadiness (estabilidade), e Conscientiousness (cautela).

“Com as informações sobre os perfis comportamentais, a Metodologia DISC possibilita, além de assertividade na gestão e desenvolvimento de pessoas, uma análise mais justa do ser humano. Cada um é avaliado de acordo com os perfis predominantes e nenhum é melhor que outro. Há perfis mais adequados para determinadas funções ou com mais facilidade para desenvolver certas características e habilidades, mas sem determinismo ou juízo de valor. Além disso, analisar o comportamento ajuda a eliminar vieses externos”.

[Leia mais: Guia da metodologia DISC: descubra o que é essa ferramenta e como aplicá-la em sua empresa!]

Mapeamento Comportamental: os quatros perfis e como entendê-los

Cada pessoa tem um perfil, que é o resultado da combinação de várias características. Saber cada uma delas é uma grande ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional porque permite entender os pontos fortes e também o que precisa ser melhorado.

“Antes de aprender sobre cada perfil DISC, é essencial saber que todas as pessoas possuem características dos quatro. Falamos, então, de perfis predominantes. Geralmente, uma pessoa possui um ou dois perfis cujas tendências de comportamento aparecem com mais frequência”.

Termos como dominância e influência costumavam ter impacto positivo, enquanto estabilidade e conformidade (cautela) eram vistos de forma negativa. Por isso, adotamos novas nomenclaturas que passam uma ideia mais clara do que é principal em cada um: executor, comunicador, planejador e analista. 

Você se identifica com algum deles? Avalie:

Executor

É uma pessoa dominante e independente. É atraído por desafios e dificuldades. Ele(a) possui um alto senso de competitividade e costuma ser corajoso ao defender seus pontos de vista.

Características:

 

  • Rápido
  • Direto
  • Gosta de desafios
  • Individualista
  • Empreendedor

 

 

Comunicador

É uma pessoa comunicativa e geralmente dotada de grande carisma e poder de persuasão. Ele(a) mostra-se sempre entusiasmado com projetos e novidades, tende a ser até excessivamente otimista e relaciona-se com facilidade.

Características:

 

  • Amigo
  • Líder
  • Distraído
  • Desorganizado
  • Autoconfiante
  • Otimista
  • Sociável

 

 

Planejador

É uma pessoa estável, de ritmo constante e linear. Ele(a) dificilmente entra em pânico, mas tem uma pequena capacidade de lidar com o imprevisto. O planejador é voltado ao próximo e adora ajudar.

Características:

 

  • Calmo
  • Rotineiro
  • Flexível
  • Introvertido
  • Paciente
  • Estável
  • Bom ouvinte

 

 

Analista

É uma pessoa detalhista, preocupada e meticulosa. O analista é organizado, responsável, altamente conservador e hábil ao controlar processos e rotinas repetitivas.

Características:

 

  • Detalhista
  • Introspectivo
  • Estudioso
  • Orgulhoso
  • Crítico
  • Sensível

 

  • Autodisciplinado

 

Ficou interessado(a)? Então faça o download de nosso report:

https://materiais.solides.com.br/bofu-solides-report

 

(*) Fundadora da Sólides, HR Tech que oferece uma plataforma cloud
de Gestão de Pessoas com People Analytics e Gestão Comportamental