Num primeiro momento, os Estados Unidos quiseram comprá-lo. Não conseguiram e agora querem destruí-lo. Pelo menos em território americano.

Na segunda-feira (27), a Casa Branca determinou que nenhuma agência federal utilize o TikTok. Metade dos estados americanos já adota solução semelhante em órgãos regionais.

A justificativa é de que o app coleta dados e faz espionagem para Pequim, o que sempre foi negado pela companhia e nunca provado por Washington. Na quinta-feira (23), o Congresso já havia sabatinado fortemente por cinco horas o chefão do app, Shou Chew.

Numa rara junção ideológica de republicanos e democratas, eles perguntaram repetidamente a Chew se o TikTok estava espionando os americanos em nome do governo chinês, sempre exigindo respostas ‘sim’ ou ‘não’. Chew insistiu: “A ByteDance [empresa dona do app] não pertence ou é controlada pelo governo chinês”, disse. “É uma empresa privada.”

Segundo o The New York Times, existem basicamente dois caminhos para o aplicativo nos Estados Unidos: a batalha ou um acordo. A primeira alternativa, a da proibição, levaria inevitavelmente a uma complexa disputa judicial. Pelo segundo caminho, os EUA poderiam revisitar negociações paralisadas sobre a segurança de dados do app.

(Nota publicada na edição 1318 da Revista Dinheiro)