Aplicativo mais baixado no mundo em agosto (desde que foi lançado, em 2017, já foram 1 bilhão de downloads), o chinês TikTok preocupa até mesmo o Facebook – que testa uma versão concorrente no México, chamada Lasso. Seu criador, a ByteDance, tornou-se uma startup com mais valor de mercado que o Uber: US$ 75 bilhões. O app, já disponível em mais de 150 países, gera vídeos engraçados e musicais com uma média de 15 segundos. E seu apelo de público é bem claro, adolescentes ou muito jovens. Então qual seria o problema? A atuação política altamente alinhada do aplicativo junto às diretrizes do governo central chinês e de governos locais pelo mundo. Assim, na China não vai rolar lembrar o massacre da praça Tiananmen, que é crime. E na Turquia o TikTok proibiu tratar do separatismo curdo ou sobre o atual presidente, Recep Tayip Erdogan. Ao criar policies no campo do ativismo e da política, ele entra num pântano em que usuários não mais acreditam que as empresas podem fazer 100% do que querem com seus próprios produtos.

(Nota publicada na Edição 1141 da Revista Dinheiro)