O presidente Michel Temer mostrou preocupação durante discurso nesta terça-feira, 19, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) com a situação da Coreia do Norte e seus testes com armas nucleares. “Os recentes testes nucleares e missilísticos na Península Coreana constituem grave ameaça, à qual nenhum de nós pode estar indiferente. O Brasil condena, com toda a veemência, esses atos. É urgente definir encaminhamento pacífico para situação cujas consequências são imponderáveis”, afirmou o presidente.

Temer mencionou em seu discurso o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares e destacou que perduram, na agenda de paz e segurança, questões que “suscitam fundada apreensão”, como a da Coreia do Norte.

Ao falar de questões geopolíticas, Temer reservou parte de seu discurso para falar do Oriente Médio. “As tratativas entre Israel e a Palestina encontram-se paralisadas. Amigo de palestinos e israelenses, o Brasil segue favorecendo a solução de dois Estados convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas e mutuamente acordadas”, disse ele.

Já sobre a Síria, Temer ressaltou que apesar da “desescalada dos últimos meses”, ainda se assiste a conflito com “consequências humanitárias dramáticas”. “A solução que se deve buscar é essencialmente política – e já não pode ser postergada”, argumentou o presidente. “Também no Afeganistão, na Líbia, no Iêmen, no Mali ou na República Centro-Africana, as guerras causam sofrimentos intoleráveis, que ultrapassam fronteiras”, afirmou.

Temer falou ainda dos campos de refugiados do Oriente Médio, destacando que são constituídos por “famílias que foram tragadas pela irracionalidade de disputas que não parecem conhecer limites.” O presidente brasileiro defendeu o uso da diplomacia para resolver conflitos. “A prevenção passa pela diplomacia. Passa pelo desenvolvimento.”

“É crucial reconhecer o nexo entre segurança e desenvolvimento, disse Temer, destacando que o reconhecimento desse nexo guiou a participação do Brasil na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti. “A comunidade internacional deve manter o compromisso com o povo haitiano. O Brasil certamente o fará.”

Na América Latina, Temer destacou que a Colômbia está equacionando um conflito de mais de cinquenta anos. “O Brasil continuará sendo parceiro decidido nesse esforço.”