A recente morte da ex-modelo Imane Fadil, uma testemunha no julgamento contra Silvio Berlusconi no caso de suas festas conhecidas como “bunga-bunga”, está cercada de mistério, já que a mulher parece ter sido envenenada com substâncias radioativas, informou a imprensa italiana neste sábado.

Imane Fadil, de 33 anos, foi hospitalizada em 29 de janeiro perto de Milão (norte) e faleceu em 1o. de março no mesmo estabelecimento, informou o procurador de Milão Francesco Greco, anunciando a abertura de uma investigação.

De acordo com o Corriere della Sera, o hospital onde a mulher estava internada realizou testes para tentar entender a causa da deterioração de sua saúde.

O jornal, que cita fontes não identificadas, indica que os resultados ficaram prontos em 6 de março – cinco dias após a morte de Fadil – e revelavam “a presença de uma mistura de substâncias radioativas que normalmente não são encontradas no comércio”.

Segundo Paolo Sevesi, advogado de Imane Fadil, ela confidenciou a ele “o medo de ter sido envenenada”, afirma a agência da AGI.

Imane Fadil ficou conhecida quando testemunhou em 2012 no contexto do escândalo sexual e do julgamento de Rubygate sobre as festas “bunga-bunga” que o ex-líder do governo italiano Silvio Berlusconi organizava com jovens mulheres em sua residência em Arcore, nos arredores de Milão.

Imane Fadil explicou que na noite de sua primeira visita a Arcore, Berlusconi havia lhe dado um envelope de 2.000 euros, dizendo: “Não se sinta ofendida”.

“Ela escreveu um livro que ela não conseguiu publicar e (…) e estava convicta de que uma seita satânica formada só por mulheres se reúnia em Arcore”, afirma o jornal Il Fatto Quotidiano.