A piora no resultado primário no acumulado do ano até o mês de outubro de 2017 em relação ao ano passado deve ser revertida nos meses de novembro e dezembro, informou nesta quinta-feira o Tesouro Nacional. Isso porque as receitas de concessões já realizadas devem ingressar nos cofres públicos nos dois últimos meses do ano.

As projeções do Tesouro Nacional apontam que o déficit primário vai passar dos R$ 120 bilhões em outubro, pior do que em igual período do ano passado – principalmente porque em outubro de 2016 ingressaram os recursos do programa de repatriação. Em novembro, o déficit deve ultrapassar os R$ 140 bilhões, para então fechar o ano negativo em R$ 159 bilhões, dentro da meta estipulada.

De acordo com o órgão, serão recebidos R$ 12,3 bilhões de concessões das usinas hidrelétrica que pertenciam à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) em novembro. Já em dezembro, devem ingressar R$ 15,3 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões de leilões de petróleo e outros R$ 3 bilhões de leilões de aeroportos).

O Tesouro ainda deve registrar o ingresso de R$ 1,6 bilhão ao mês por conta do Refis (parcelamento de débitos tributários) entre outubro e dezembro. Por outro lado, as despesas com precatórios (valores devidos pela União após sentença definitiva na Justiça) devem ficar na faixa de R$ 1 bilhão ao mês até o fim do ano, pois o órgão antecipou o pagamento de grande volume de precatórios no primeiro semestre.