A administração de uma terceira dose da vacina da Pfizer fornece uma proteção adicional contra as infecções por Covid-19 associadas à variante Delta. É o que indicam os resultados preliminares de um estudo realizado em Israel, onde a dose de reforço está sendo amplamente administrada desde meados de julho.

Os resultados preliminares do estudo realizado pela Maccabi Healthcare Services, organização independente de prestação de cuidados de saúde, apontam que as pessoas que receberam uma dose de reforço da vacina da Pfizer tiveram um risco de infecção entre 48% a 68% menor de uma semana a 13 dias depois da respetiva administração, face os que receberam apenas duas doses do fármaco.

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A proteção aumentou com o tempo, tendo-se verificado uma redução do risco de infecção de 70% a 64% entre duas semanas a 20 dias após a terceira dose.

Esta análise ainda não foi revista pelos pares, não obstante, os pesquisadores que elaboraram o estudo indicam a diminuição da proteção conferida pela vacina contra a infeção por SARS-CoV-2 pode ser neutralizada a curto prazo por uma terceira dose. “À medida que o tempo passa, será possível avaliar os efeitos em desfechos mais raros, mais graves, como hospitalização e morte”, sublinham os cientistas citados Bloomberg.

Recorde-se que devido à maior transmissibilidade da variante Delta, dos EUA a Israel, há alguns países, inclusive o Brasil, estão considerando ou já começaram a oferecer uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19.