Por Richard Cowan

WASHINGTON (Reuters) – O então presidente dos Estados Unidos Donald Trump tentou um golpe em 6 de janeiro de 2021, e isso será uma peça central das audiências de comitê no Congresso no próximo mês, disse o democrata Jamie Raskin, integrante do comitê que liderou a acusação do segundo impeachment de Trump.

Naquele dia em 2021, apoiadores de Trump invadiram o prédio do Capitólio dos EUA, encorajados pelo presidente republicano em um discurso do lado de fora da Casa Branca para protestar contra a certificação formal pelo Congresso da vitória do democrata Joe Biden sobre Trump nas eleições de novembro de 2020.

“Foi um golpe organizado pelo presidente contra o vice-presidente e contra o Congresso para reverter a eleição presidencial de 2020”, disse Raskin em entrevista à Reuters, à National Public Radio e ao jornal The Guardian, quando questionado sobre o que identificou até agora da investigação do comitê.

O deputado norte-americano Bennie Thompson, que preside o comitê especial da Câmara dos Deputados organizado pelos democratas para analisar os eventos que antecederam o ataque de 6 de janeiro, disse a repórteres que espera que as audiências públicas sejam retomadas em maio.

“Vamos contar toda a história de tudo o que aconteceu. Houve uma insurreição violenta e uma tentativa de golpe e fomos salvos pela recusa de Mike Pence (então vice-presidente) em concordar com esse plano”, disse Raskin, membro da comissão especial da Câmara.

Não ficou claro se Raskin, durante a entrevista, estava expressando apenas seus pensamentos ou também os de colegas parlamentares que atuam no comitê especial composto por sete democratas e dois republicanos.

Em julho de 2021, um novo livro relatou que líderes militares estavam preocupados com um possível golpe, mas em um declaração na ocasião, Trump disse que nunca havia ameaçado ou falado com ninguém sobre um golpe.

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