Um estudo científico preliminar, ainda sem revisão dos pares, feito pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão indica que o pico de transmissão da variante Ômicron a partir de pessoas infectadas é maior do que supõe.

Cientistas diziam que a maior probabilidade de transmitir o vírus acontece nas primeiras 48 horas após a infecção, ainda antes do início dos sintomas. Porém, a pesquisa divulgada pela revista científica BMJ indica que a maior probabilidade de transmitir o coronavírus é entre o terceiro e o sexto dia após a infecção ou do início dos sintomas.

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Os dados podem colocar em xeque recomendações de autoridades sanitárias em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde propõe isolamento de cinco dias para assintomáticos com teste negativo e entre sete e dez dias para pessoas com sintomas.

Na Inglaterra, o governo baixou o período de isolamento de dez para sete dias com teste negativo a partir do sexto dia da infecção. O mesmo ocorreu na Escócia, Gales e Irlanda do Norte.

O estudo avaliou dados coletados de 83 amostras de 21 pessoas, sendo 19 vacinados. Entre os observados, 17 apresentaram sintomas leves e quatro estavam assintomáticos. Foi possível observar que a quantidade de RNA viral foi maior entre três e seis dias do diagnóstico positivo ou início dos sintomas.