Um dos maiores players do agronegócio brasileiro, a Terra Santa Agro vai semear um novo ramo de atuação: o mercado imobiliário. Depois de vender parte da companhia para a SLC Agrícola por R$ 753 milhões, e com cerca de R$ 2,5 bilhões em fazendas no Mato Grosso, ela criou uma nova empresa, a Terra Santa Propriedades Agrícolas. “Nosso novo desafio é mostrar para os investidores pessoa física quem é a Terra Santa e o potencial de retorno dos investimentos em terras”, disse o presidente da companhia, José Humberto Teodoro, ex-executivo da BRF e Brasil Agro.

A Terra Santa, hiperendividada até a venda para a SLC, com compromissos de mais de R$ 1 bilhão, acredita que vai conseguir a partir de 2 de agosto, com o ticker LAND3, atrair investidores para uma empresa que fatura R$ 90 milhões por ano (com arrendamento de fazendas para a SLC, que cultiva principalmente soja e algodão). “Investidores pessoa física têm medo de dívida e gosta de dividendos. Agora, temos uma empresa sem dívida e que paga bons dividendos”, afirma Teodoro. A Terra Santa tem contratos de arrendamento com a SLC pelos próximos 20 anos, com rentabilidade atrelada à cotação da soja.

A nova empresa, segundo o executivo, terá um time de inteligência de mercado para mapear novas terras já produtivas e com potencial de retorno favorável com possibilidade de investimentos no agronegócio de forma diferente. A promessa da Terra Santa é multiplicar o pão, o peixe e os lucros dos investidores.

(Nota publicada na edição 1233 da Revista Dinheiro)