A indiscutível qualidade do espumante brasileiro, que já ganhou adeptos em todo o mundo e continua surpreendo com produtos de altíssimas pontuações em concursos dentro e fora do País, criou uma barreira para a concorrência de similares importados. Embora o termo “retorno sobre investimento” não faça parte do vocabulário do vinho, ele costuma ser imbatível quando se compara as melhores marcas nacionais com as francesas, italianas e espanholas. Ainda mais com o euro próximo de R$ 7,00 como nas últimas semanas.

Pois essa vantagem competitiva do Brasil tem um lado positivo até para os produtores estrangeiros. Com o consumo da bebida nacional em alta, abre-se espaço também para quem vem de fora. “O mercado de prosecco é muito promissor e acreditamos que o Brasil acompanhará o resto do mundo”, afirmou o CEO da Henkell Freixenet no Brasil, Fabiano Ruiz, ao anunciar o relançamento da marca italiana Mionetto. “A procura por esse tipo de produto aqui tem crescido e acreditamos que com a chegada do verão as vendas devem aumentar”, disse.

MANGO MIMOSA:3 doses de Prosecco. 3 doses de suco de laranja. 2 colheres de purê de manga. 1 dose de xarope de framboesa. 1 colher de suco de limão. ½ colher de açúcar. Pedaços de manga e alecrim para decorar. (Crédito:Divulgação)

Para descolar a imagem do espumante das festas de fim de ano, a estratégia de Ruiz é associar a bebida ao universo dos drinques. Isso inclui a releitura de clássicos da coquetelaria, caso do Negroni. A adição de espumante a uma dose de Campari e outra de vermute recebeu o nome de Negroni Sbagliato. Bem mais refrescante é o Mango Mimosa (receita ao lado), já candidato a drinque da estação.

SEM ÁLCOOL A volta do prosecco Mionetto ao mercado brasileiro (ao preço de R$ 90 a garrafa) faz parte da estratégia de investimentos do grupo Henkell Freixenet para fortalecer sua imagem no País depois da fusão das empresas, em 2018, que resultou na comapnhia líder mundial em espumantes. Criada em 1832, a Henkell está presente em 100 países e produz o espumante mais vendido da Alemanha. Com 150 anos de história, a espanhola Freixenet é uma das maiores produtoras de cava do mundo e conhecida dos brasileiros por rótulos como Cordón Negro e Carta Nevada. Menos famosa por aqui, a Henkell era importada pela Cantu e hoje tem quatro rótulos no portfólio, incluindo um espumante sem álcool com exagerados 60 gramas de açúcar por litro. Para comparação, o brut da mesma marca tem 12 gramas por litro. Para quem não quer abusar das “calorias vazias”, há a opção “piccollo” — a garrafa de 200 ml.