O empresário José Victor Oliva, presidente do conselho e fundador da Holding Clube, participou nesta quarta-feira (10) da entrevista ao vivo nas redes sociais da revista IstoÉ Dinheiro.

O grupo empresarial dele é o maior de live marketing do País (o mesmo que marketing de promoção ou de experiência) – técnica comunicacional que utiliza interações “ao vivo” entre a empresa e seus parceiros, clientes, acionistas, colaboradores ou outros stakeholders. A Holding Clube é um grupo especializado em experiências entre marcas e consumidores. É composto por oito empresas, cada uma com seu nicho de atuação – Banco de Eventos, Samba, Storymakers, Roda Trade, Cross Networking, Auíri, Pazetto Events e o PR Beto Pacheco.

Como objetivo desenvolver uma relação diferente entre marcas e consumidores, o grupo trabalha na organização ou na participação em conferências, feiras e congressos, fazendo promoções de oportunidades para que o público tenha uma experiência sensorial ao vivo com o produto ou serviço.

A ideia é estabelecer um diálogo e aproximar a empresa de pessoas que, fisicamente, estão muito distantes. As ações desenvolvidas pela empresa de Zé Oliva são pensadas para refletir nesse ambiente integrado, em que o cliente é impactado na vida real e no universo das novas tecnologias num mundo digital.

Conhecido nas décadas de 1980 como o “Rei da Noite”, ele foi o criador, com dois sócios, da lendária boate Gallery, na avenida Haddock Lobo, no bairro paulistano dos Jardins. Zé Oliva, como é mais conhecido, tem quatro rebentos: dois com a ex-jogadora de basquete Hortência Marcari e duas filhas com a atual mulher, a publicitária Tatianna Oliva.

Zé Oliva falou sobre a vida pessoal durante a pandemia, fez uma análise do mundo dos negócios no pós-crise sanitária e traçou um diagnóstico do mundo das marcas no futuro próximo. “O momento é de renascimento, uma nova experiência. Agora temos que jogar tudo fora e começar de novo. Nada mais será igual ao passado”, afirma.

Oliva disse na conversa que no início da pandemia teve a péssima sensação que o mundo tinha acabado, por causa da falta do contato físico e os impactos nos negócios. Nas turbulências de 2020, o empresário teve que fechar dois dos três escritórios, demitiu trabalhadores, afastou-se do comando da empresa e se mudou para a fazenda, envolvendo-se na criação de cavalos Lusitanos. Enfim, mudou totalmente o comportamento social. “Foi uma virada de 180º graus”, conta. “Estou um pouco duro, mas nunca fui tão feliz”, admite.

Passados os impactos da covid-19, ele avalia que a situação econômica de suas empresas já começa a dar sinais de recuperação e entende que as mudanças na sociedade se darão de forma muito profunda em todos os campos, pessoais e empresariais, principalmente em função do peso das novas tecnologias. Ele avalia que as empresas que não investirem em novas tecnologias, em criatividade e em inovação, a partir de agora morrerão muito em breve.

“A inteligência artificial é a virada de chave para o futuro. Ela põe o homem numa vanguarda tamanha que eu nem consigo falar quais são as habilidades necessárias”, avalia o executivo.

Certo que no pós-pandemia as empresas terão que repensar novos espaços, relações de trabalhos e novas formas de interações, Oliva traça um cenário para o novo recomeço. Nas relações sociais, ele anunciou vários projetos de sua holding, como a festa de réveillon numa ilha em Itacaré e levar a festa de São João, do nordeste para o sudeste.

Ele acredita que “o passaporte [para aglomeração] será o atestado da vacinação”. Oliva traça vários cenários para os negócios em geral, o mundo do marketing de experiências, o ambiente virtual e físico, até o comportamento das pessoas diante do mundo televisivo. Sempre com olhar otimista, o presidente do conselho do Holding Clube acredita que as pessoas buscarão, a partir deste ano, a vida em harmonia. “O propósito da vida é a felicidade e a esperança.”