O principal executivo da operação da Amazon Web Services (AWS) no Brasil, Cleber Pereira de Morais, foi o entrevistado da live da IstoÉ Dinheiro nesta segunda-feira (17). No posto há três anos, Morais tem uma longa carreira no setor de tecnologia. Ele passou por empresas como IBM, Sun, Avaya, Bematech, Schneider Electric e, agora, a AWS. Na conversa, o executivo avalia que o maior aprendizado obtido por sua empresa, e que também é sua marca pessoal, ao longo dos anos, foi prestar atenção no consumidor de serviços da sua empresa e que essa é a essência da Amazon. “Temos obsessão pelos clientes. A AWS contrata construtores. Ou seja, pessoas que estão ali para construir algo pelo nosso cliente”, afirma.

Na troca de ideias durante a live, Moraes analisou o mundo dos negócios a partir do surgimento no Brasil da crise sanitária do coronavírus, ano passado, quando várias empresas precisaram se adaptar ao mundo dos negócios virtuais em novas jornadas, ora reprogramando rotas, ora acertando erros. A AWS, que trabalha com serviços de computação em nuvem, machine learning e internet das coisas, ganhou espaço no Brasil nos últimos anos. Hoje, ela é dona de uma fatia de 45% do mercado global de computação na nuvem e conquistou clientes como Itaú, Mercado Livre, Arezzo e até mesmo o Nubank. Para Moraes, seria difícil passar pela tormenta da pandemia sem o uso da tecnologia. “Ensinamos nossos clientes a otimizar e reduzir custos”, diz.

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Mineiro, Morais é engenheiro formado pelo Instituto Mauá de Tecnologia. No bate-papo, ele fala que o consumidor final não sabe, mas a nuvem está por trás de tudo, do iFood, da Uber e da Alexa. “A tecnologia está no nosso dia a dia. As pessoas têm que se preparar.” O Brasil, para a AWS, é um ponto estratégico. A prova concreta dessa afirmação é que entre os 25 datacenter espalhados pelo mundo da empresa, um está no país. Neste inescapável segmento de soluções em nuvem, a AWS é a líder global. Na troca de ideias, Morais alerta para a inovação como diferencial não só para as novas empresas, mas também para aquelas tradicionais. “A pergunta de hoje para o cliente não é mais se ele vai para nuvem, mas como e quando ele vai”, disse.

Na entrevista, ele disse que o Brasil é um celeiro de talentos e que no País, com uma taxa de desocupação gigante, batendo a casa dos 14%, existe uma janela de oportunidades de emprego na área da tecnologia, com cerca de 200 mil vagas em aberto. “A única forma para a gente sair deste ciclo ruim é capacitando pessoas”, afirma. Para o executivo, capacitação é a palavra de ordem para quem visualiza o futuro como um legado a deixar. Cleber Morais diz que a empresa que ele dirige trabalha preocupada com a sociedade, com o desafio de entender e ajudar pessoas. “A AWS como um grande habilitador de sonhos, capacitando pessoas”, finaliza.