Os temores de propagação do novo coronavírus fora da China fizeram o ouro registrar o maior valor em sete ano, flertando com a marca de US$ 1.700 por onça-troy. Investidores buscaram a segurança do metal precioso, que chegou a ser negociado a US$ 1691,70 no mercado futuro.

No fim da sessão em Nova York, o contrato de ouro para entrega em abril era cotado na Comex a US$ 1676,60 por onça-troy, alta 1,69%.

A notícia de que a Itália registrou mais de 200 casos da doença, com 7 mortes, deixou analistas e investidores apreensivos quanto à capacidade das autoridades de conter o surto de coronavírus, que teve início na China e já se espalha por mais de 20 países. A doença coloca em xeque as previsões de crescimento global, que vêm sendo cada vez mais revisadas para baixo.

O governo americano avalia que dentro de três ou quatro semanas será possível se ter uma melhor ideia do impacto do coronavírus sobre a economia. Na China, fábricas suspenderam suas atividades e, ao redor do mundo, empresas relatam falta de insumos para seus produtos devido à interrupção no fornecimento chinês.

Desde o fim da semana passada, cresce de forma preocupante o número de casos fora da China. A Organização Mundial da Saúde chamou a atenção na última sexta-feira para os casos registrados no Irã e na Coreia do Sul e pediu à comunidade internacional que agisse mais rapidamente para conter o vírus. Agora, com os casos na Itália, a Europa inteira está em alerta. O governo italiano colocou cidades do norte do país em quarentena, suspendendo atividades comerciais e eventos culturais, na tentativa de evitar a propagação da doença.