O presidente Michel Temer viajou para São Paulo na tarde desta quinta-feira, 12. A ida à capital paulista não estava prevista na agenda oficial da Presidência. Segundo o Planalto, a agenda é privada e a viagem estava prevista. A viagem, no entanto, pode estar relacionada a uma polêmica envolvendo o nome da filha do presidente, Maristela Temer.

Uma matéria, publicada pela Folha de S.Paulo, aponta um possível favor recebido por Maristela. Segundo a publicação, a filha de Temer teve a reforma de sua casa paga com dinheiro vivo entregue por Maria Rita Fratezi, mulher do coronel João Baptista Lima, alvo de investigações da Polícia Federal. Segundo o jornal, Temer foi se reunir com seu advogado, Antonio Mariz.

O presidente foi para a capital paulista após reunião ministerial, no Planalto. Após essa reunião, Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo, disse que Temer é sofre um novo “capítulo de perseguição”.

“A própria falta de cautela, a agressividade de alguns setores ao se referirem ao presidente, sem que prova alguma exista a corroborar as afirmações que fazem, no meu entender, eu vejo essa questão como mais um capítulo desta perseguição que se faz ao governo”, afirmou Marun.

Operação Skala

Amigo de Temer, João Baptista Lima foi preso pela Polícia Federal no dia 29 de março, na Operação Skala. As investigações da PF dão conta de que o Decreto dos Portos, assinado por Temer em maio de 2018, favoreceu a empresa Rodrimar SA. Lima foi acusado de intermediar o pagamento de propinas.

No entanto, em 1º de abril, após decido do ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, ele foi solto após prestar depoimento. Nesta quarta-feira, o juiz Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, negou novo pedido de prisão preventiva contra o coronel.

Também foram presos no âmbito da Operação Skala o advogado José Yunes, ex-assessor especial de Temer, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi.