O economista Carlos Alexandre da Costa, que participa da equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), não deu detalhes sobre o programa de privatizações que o novo governo deve pôr em prática no próximo ano, mas salientou que o objetivo é trazer mais eficiência para a economia.

“Empresa estatal é muito ineficiente. Tem muitas que não têm valor e têm que fechar”, disse Costa, que participa do Macro Day BTG Pactual sobre Perspectivas e Cenário Macroeconômico 2019, em São Paulo.

Sobre o cenário externo, o ex-diretor do BNDES disse que, se houver uma crise internacional sem mudanças estruturais no Brasil, haveria uma fuga do risco dos investidores estrangeiros. Mas, se a agenda avançar, o próprio perfil do investidor que aporta recursos aqui também muda, e assim a economia brasileira seria menos afetada por uma piora do quadro externo.

O economista comentou ainda que o governo do PT criou entraves para o desenvolvimento do ambiente de negócios. “Agora estamos trazendo um ciclo liberal”, disse durante o evento. “O Estado tem que garantir segurança jurídica”, disse ele, ressaltando que hoje o Estado gera mais insegurança jurídica aos investidores.