O mercado de telefonia corporativa no Brasil floresceu nos últimos cinco anos e hoje está diante do primeiro terremoto. As grandes operadoras Telefônica, Telemar, Brasil Telecom e a Embratel decidiram disputar real a real a receita anual de R$ 6 bilhões desse setor. Até agora, pequenas e médias companhias, sob autorização da Agência Nacional de Telecomunicações, estavam em vôo de cruzeiro nos clientes empresariais. As grandes prometem mudanças. ?Não será tão fácil quanto eles imaginam?, afirma o diretor da Atrium Telecom, Lincoln da Cunha, dono de uma carteira com 3 mil clientes corporativos.

As operadoras, que por muito tempo não deram a devida atenção ao setor se concentrando nos clientes residenciais, agora se voltam para as corporações porque precisam aumentar a sua rentabilidade. Prevendo o novo cenário, empresas de telefonia corporativa como a Conecta estão refazendo a sua estratégia. Hoje com 180 contratos, a empresa vai focar em pequenos e médios clientes interessados em profissionalizar seus sistemas de telecomunicação. ?A disputa acontecerá nos grandes contratos?, afirma Jean Philip de Rogatis, diretor da Conecta. Nessa guerra também está a Auditfone, uma companhia criada para checar se as contas que as operadoras cobram de clientes estão corretas. Com a entrada das grandes, a empresa espera aumentar a sua quantidade de clientes corporativos. ?Um erro na contabilização das ligações pela operadora pode chegar a 22% da fatura?, afirma Sérgio Bittencourt, diretor da Auditfone.