O grupo espanhol de telecomunicações Telefónica registrou uma forte alta de 38,5% do lucro em 2020, a 1,6 bilhão de euros (1,948 bilhão de dólares), após os resultados ruins de 2019, afetados por um caro plano de demissões.

O faturamento, no entanto, teve queda de 11% devido ao impacto da pandemia de covid-19, que provocou uma redução do número de clientes, das vendas de telefones celulares e das receitas de roaming.

A Telefónica também sofreu os efeitos da desvalorização das moedas latino-americanas em relação ao euro.

Depois de sofrer um prejuízo líquido no terceiro trimestre, a Telefónica constata uma “recuperação gradual” no quarto trimestre, quando a empresa registrou 911 milhões de euros de lucro.

Para 2021, o grupo prevê uma “estabilização” de seu faturamento orgânico.

O grupo anunciou em maio de 2020 a fusão de sua filial britânica O2 com a Virgin Media, criando uma concorrente para a British Telecom.

A fusão permitiu reduzir sua grande dívida em quase seis bilhões de euros.

Em dezembro de 2020, a dívida líquida era de 35,2 bilhões de euros, 6,7% a menos na comparação com dezembro de 2019.

A Telefónica anunciou no fim de 2019 uma drástica reorganização de suas atividades, com o objetivo de concentrar-se em seus mercados mais rentáveis (Espanha, Reino Unido, Alemanha e Brasil) e criar uma filial com o restante de suas atividades na América Latina.

Para aplicar o plano, a Telefónica cortou em 2019 quase 4% do quadro de funcionários, o que custou 2,17 bilhões de euros.