O Tribunal de Contas da União (TCU) desmentiu o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante a CPI da Covid, nesta quarta-feira (19). O órgão informou, por meio do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, que negava a suposta reprovação do tribunal à assinatura do Memorando de Entendimento entre Ministério da Saúde e a Pfizer, citada pelo militar.

Após Calheiros alertar sobre a resposta do TCU, em meio a sessão da CPI, ao dizer que a corte “nunca deu parecer contrário à compra de vacinas”, Pazuello se retratou, pediu desculpas, e afirmou ter confundido a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) com o TCU, segundo a Carta Capital.

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O Ex-ministro e militar havia informado que não aceitou, de início, propostas da Pfizer no ano passado porque, supostamente, os preços cobrados seriam elevados. Porém, garantiu que não negou ofertas.

Calheiros perguntou a Pazuello sobre a demora nas negociações com a Pfizer. De imediato, o ex-ministro citou uma suposta recomendação contrária de órgãos de controle, entre os quais o TCU, AGU e CGU.

Prontamente, Pazuello destacou que achava a quantidade de vacinas, de 8,5 milhões de doses no primeiro semestre, muito pequena, mas garantiu que seguiu em frente nas tratativas com a farmacêutica.

“Mandamos para os órgãos de controle, a resposta foi: Não assessoramos positivamente. Não deve ser assinado. A CGU, a AGU, todos os órgãos de controle, TCU. Não deve ser assinado. E nós assinamos, mesmo com as orientações contrárias”, afirmou o ex-ministro da Saúde.