O desafio do Tribunal de Contas da União (TCU) quando o tema em debate versa sobre inovação é provar que a instituição não é um vilão. A afirmação foi feita nesta quinta-feira, 8, pelo Coordenador Geral de Controle Externo do TCU, Tiago Alves Gonçalves Lins Dutra.

Ele participou nesta quinta-feira do encerramento da “Semana de Impactos”, evento do BNDES que hoje se pautou pelo tema “O Papel do Intraempreendedorismo no Setor Público”.

Segundo Dutra, à primeira vista, parece um contrassenso se falar de setor público e inovação juntos, especialmente quando se refere ao TCU, que é um órgão de controle, dado que a visão que as pessoas têm é de que o setor público é conservador. “Mas o TCU não é um vilão da inovação. O Controle não é um vilão. Apenas opera o meio para a entrega do bom serviço público”, enfatizou Dutra.

Ao contrário, disse o coordenador, o TCU é um órgão reformista embora exerça o papel de auditoria, consultoria e aprimoramento das legislações. “É o cão de guarda do Poder Legislativo”, disse Dutra.

O ponto, segundo ele, é que, pela expertise que tem na área de controle, o TCU pode agregar muito na questão da inovação. De acordo com o coordenador-geral de Controle do TCU, há vários na instituição que versa sobre as questões da ciência e da tecnologia.

O auxílio emergencial, de acordo com ele, foi uma das boa experiências do TCU, que orientou o aperfeiçoamento da medida. Agora, disse, o órgão está contribuindo para aperfeiçoar o arcabouço do microcrédito.

“Temos que quebrar as amarras da desburocratização, quebrar a cultura de se perder tempo com velhos valores. O papel do controlador é ajudar a construir a inovação segura no sentido de conhecer e gerenciar os riscos de uma inovação”, concluiu Dutra.