Os táxis podem ser mais úteis para grandes cidades do que se imagina. Essa é a conclusão de um estudo publicado pelo MIT, que descobriu no serviço pai do Uber, Lyft e afins, uma maneira efetiva e barata de conseguir monitorar condições urbanas. Atualmente níveis de poluição sonora e do ar, além do estado de pistas e trânsito são controlados por estação de aferição fixas ou móveis, caras e difíceis de serem mantidas pelos municípios. Diante desta questão, pesquisadores do instituto de tecnologia de Massachusetts chegaram a conclusão que uma alternativa aos monitores atuais é instalar sensores em táxis.

Em artigo publicado no site da universidade, a MIT Senseable City Lab explicou que segundo modelos usados na pesquisa, com apenas 0,3% de todas as viagens de táxi feitas na ilha de Manhattan diariamente, é possível monitorar metade de toda a região. Mais do que isso, com apenas 10 táxis com os sensores certos instalados, é possível monitorar um terço da ilha em um dia.

A conclusão do MIT pode ter um enorme impacto no planejamento das cidades, uma vez que políticas públicas e melhorias são delimitadas através de dados das condições dos municípios, que muitas vezes são escassos devido ao tempo e dinheiro necessários para manejar os sensores. A possibilidade baratear e massificar o uso deste tipo de monitoramento pode trazer insights que antes não seriam possíveis, garantindo a possibilidade de ações mais diretas.

O artigo ainda é recente, e apesar das notícias alentadoras, o sistema proposto ainda não foi colocado em prática. Ainda assim, pesquisadores garantem que o método pode revolucionar o custo de dados para a elaboração de políticas públicas.