Os juros futuros passaram a cair na manhã desta quinta-feira, 21, na esteira do dólar. Na abertura, as taxas de curto prazo mostraram viés de baixa, após o Copom ter mantido a taxa Selic inalterada em 6,50% ao ano, como era esperado pela maioria dos investidores. Contudo, as taxas de longo prazos exibiram viés de alta a princípio, após o Copom ter deixado as portas abertas sobre os rumos da taxa básica de juros, nas próximas reuniões, em função de um cenário mais adverso e incerto tanto no Brasil como no exterior.

Pesou ainda no avanço inicial o IPCA-15 de junho, que subiu 1,11% (ante +0,14% em maio), superando o teto do intervalo das projeções (de 0,54% a 1,07%). Também o dólar forte ante o real nos primeiros negócios ajudou nessa correção.

Porém, a perda de força da moeda ante o real, que passou a cair, pressionada pelo exterior, teve impacto nas taxas dos DIs, que passaram a recuar. Um profissional de renda fixa, no entanto, avalia que a tendência é de o investidor ficar mais na defensiva.

Às 9h28 desta quinta-feira, o DI para janeiro de 2019 caía a 6,970%, de 7,045% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,59%, de 8,65%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 avançava para 9,64%, ante máxima em 9,88, de 9,67% no ajuste de quarta-feira (20). O DI para janeiro de 2023 a 11,04%, na mínima, de 11,07% no ajuste de ontem.

Já o dólar à vista caía 0,08% no horário acima, aos R$ 3,7708. E o dólar futuro de julho estava a R$ 3,7720 (-0,05%), após recuar a R$ 3,7670 (-0,19%) e de subir até R$ 3,7970 (+0,61%) nos primeiros negócios.