Os juros futuros operam com viés de alta nesta segunda-feira, 16, em linha com a valorização da moeda norte-americana ante o real e outras divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior. Além disso, as taxas locais são pressionadas pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries, que a exemplo da moeda dos EUA, que são influenciados por comentários da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen. Ela voltou a sinalizar no domingo que o banco central norte-americano pretende elevar os juros em dezembro.

Em evento em Washington, a dirigente declarou que o fortalecimento da economia dos Estados Unidos irá garantir o incremento gradual das taxas de juros de curto prazo, manter o nível de desemprego em patamar baixo e carregar a inflação ao alvo de 2%.

Às 9h49, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2019 apontava 7,28%, ante 7,27% no ajuste da última sexta-feira. O DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 8,24%, ante 8,20%.

Já o contrato com vencimento em janeiro de 2021 projetava 8,97%, de 8,93% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 0,28%, aos R$ 3,1579. O dólar futuro de novembro ganhava 0,36%, aos R$ 3,1645.

Pouco antes do fechamento deste texto, o mercado de renda fixa monitorou as primeiras declarações divulgadas do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em café da manhã em São Paulo, mas elas não afetaram a precificação dos ativos financeiros. Goldfajn reafirmou a importância da reforma da Previdência para o País, as contas públicas e a condução da política monetária e ressaltou que o risco hoje é a mudança do cenário internacional que dificulte andamento de reformas.

Na pesquisa Focus do Banco Central, os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA – o índice oficial de preços – de 2017, cuja mediana foi de 2,98% para 3,00%; e para 2018, o índice seguiu em 4,02%. Já a expectativa de alta para o PIB deste ano foi de 0,70% para 0,72% e, para 2018, de 2,43% para 2,50%.