Os juros futuros voltam a operar com viés de alta nesta quarta-feira, 17, pressionados pela valorização do dólar ante o real. O cenário político também traz alguma pressão, a uma semana do julgamento da apelação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, diz um operador de renda fixa.

Caso Lula seja derrotado, de acordo com fontes, os mercados devem ser tomados por uma nova onda de otimismo. Se for inocentado ou se não houver unanimidade nos votos desfavoráveis a Lula, os mercados podem ter uma piora significativa.

Além disso, segundo o mesmo operador, incomodam os comentários do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que se a reforma da Previdência não for votada em fevereiro, não será mais votada neste ano.

Às 9h52, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 estava em 6,90%, mesmo nível do ajuste de terça. O DI para janeiro de 2020 exibia 8,06%, de 8,05%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 estava em 8,91%, de 8,89% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2023 marcava 9,69%, de 9,67% no ajuste de terça.

No câmbio, o dólar à vista subia 0,18%, aos R$ 3,2329. O dólar futuro de fevereiro avançava 0,23%, aos R$ 3,2390.

Na manhã desta quarta foi divulgado que o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,49% na segunda quadrissemana de janeiro, após aumento de 0,55% na primeira quadrissemana.

Já o IPC-S acelerou em seis das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de janeiro em relação à primeira leitura do mês. No geral, o IPC-S avançou de 0,31% para 0,47% entre os dois períodos.