Os juros futuros rondavam a estabilidade na manhã desta quarta-feira, 4, com viés de alta, após recuarem mais cedo com o dólar. Operadores de renda fixa dizem que as taxas passam por correção, após a pressão de baixa trazida aos ativos locais pelo recuo da moeda americana e dos juros dos Treasuries no exterior.

Lá fora, há rumores de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria inclinado a escolher um candidato mais “dovish” (favorável à manutenção de estímulos monetários) para a presidência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Além disso, a criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos em setembro ficou abaixo do esperado por analistas, em razão do impacto dos furacões no país. O dado eleva expectativas pelo relatório oficial do mercado de trabalho do país, o payroll, que será conhecido na sexta-feira (6) e deverá apoiar as apostas sobre o rumo dos juros nos EUA em dezembro.

O setor privado americano criou 135 mil vagas em setembro, abaixo da previsão de 150 mil. A criação de vagas de agosto foi revisada em baixa, de 235 mil para 228 mil.

Internamente, segundo um operador de renda fixa, a aprovação do novo Refis na Câmara trouxe pressão de baixa em princípio.

Às 9h42 desta quarta-feira, o DI para janeiro de 2019 estava em 7,31%, de 7,29% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2020 a 8,17%, de 8,16% no ajuste da véspera. E o DI para janeiro de 2021 a 8,86%, de 8,85% no ajuste anterior. O dólar à vista recuava 0,26% neste mesmo horário, aos R$ 3,1383. O dólar futuro de novembro caía 0,19%, aos R$ 3,1495.