Os juros futuros operavam com viés de baixa, em meio à falta de tração do dólar no mercado à vista nesta quinta-feira, 19. Os ativos domésticos reagem à aversão nos mercados globais com a crise política entre a Catalunha e o governo espanhol, que coloca as bolsas e os juros dos treasuries em baixa.

O conflito se sobrepõe a expectativas de continuidade dos ingressos de fluxo de captações externas de empresas no câmbio e também de estrangeiros para a bolsa no mercado brasileiro, segundo um agente de uma corretora.

Além disso, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China um pouco abaixo do esperado reduz o apetite dos investidores por commodities.

Com a agenda fraca de indicadores nesta quinta, o leilão de títulos do Tesouro estará no radar no fim da manhã, podendo movimentar um pouco mais as taxas futuras.

Nesse ambiente, fica em segundo plano até o momento a aprovação do parecer que pede o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência), na quarta, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Agora a denúncia segue para votação no plenário da Câmara na próxima quarta-feira, 25.

Às 9h57, o DI para janeiro de 2019 estava a 7,24%, de 7,26% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 a 8,19%, de 8,20% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2021 estava a 8,90%, de 8,91% do ajuste de quarta. No câmbio, o dólar no balcão subia 0,09%, aos R$ 3,1707, enquanto o dólar futuro de novembro caía 0,05%, aos R$ 3,1760.