Os juros futuros sustentaram-se em baixa desde a abertura até o final da sessão regular na BM&FBovespa, apesar da virada do dólar para o terreno positivo e do avanço maior do rendimento dos Treasuries, que bateram máximas perto das 16 horas. A segunda-feira, 6, foi de volume fraco de contratos negociados. Segundo profissionais da área de renda fixa, a expectativa pela forte agenda de indicadores nos próximos dias limitou o apetite do investidor. De todo modo, a aposta de continuidade, ou até aceleração do ritmo, dos cortes da Selic manteve o viés de queda nas taxas futuras.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 terminou com taxa de 10,210%, de 10,240% no ajuste de sexta-feira. A taxa do contrato DI para janeiro de 2019 caiu de 9,72% para 9,66%. O DI janeiro de 2021 fechou com taxa de 9,96%, de 10,00%.

A partir da terça-feira, 7, a agenda de indicadores começa a esquentar, com a divulgação das Contas Nacionais do quarto trimestre de 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mediana das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) é de queda de 0,55% em relação ao terceiro trimestre e de recuo de 2,40% ante igual período de 2015, segundo a pesquisa do Projeções Broadcast. Para o ano fechado de 2016, mediana é de retração de 3,60%. Na quarta-feira, 8, tem a produção industrial de janeiro e, na sexta, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro.

O Boletim Focus, divulgado antes da abertura pelo Banco Central, não trouxe mudanças de impacto para mexer com os preços. As medianas das projeções para o IPCA e Selic ao final de 2017 foram mantidas em 4,36% e 9,25% respectivamente, e para 2018, em 4,50% e 9,0%.

Às 16h28, o dólar à vista subia 0,22%, a R$ 3,1244. A taxa da T-Note de dez anos, que chegou a romper mais cedo o nível de 2,50%, subia a 2,497%, em meio à expectativa de aumento de juros pelo Federal Reserve, em seu encontro de política monetária do dia 15, e aos leilões programados para esta semana.