Os juros futuros operam em baixa, na esteira do dólar ante o real na manhã desta segunda-feira, 25. O catalisador das perdas é a retirada do pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da pauta desta Terça-feira (26) do Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro da Corte Edson Fachin, segundo um operador.

Na sessão anterior, a previsão desse julgamento embalou as taxas de juros longas, que fecharam em alta, uma vez que havia temores de que Lula pudesse ser solto e conseguisse disputar as eleições, já que segue na liderança de intenções de votos em todas as pesquisas nas quais aparece, mesmo preso desde abril em Curitiba, onde cumpre a sentença de 12 anos e um mês no caso triplex.

No câmbio, ajudam a fortalecer o real a perspectiva de uma oferta à tarde (15h15) de até US$ 3 bilhões em linha de dólares, além da possibilidade de fazer leilão de swap extra no mercado futuro. A operação de rolagem de até US$ 440 milhões relativo ao vencimento de swap de julho está marcada para 11h30.

Na renda fixa, o Tesouro Nacional seguem também com a artilharia para conter a volatilidade e dar liquidez ao mercado. Estão previstos nesta segunda oferta de até 3 milhões de LTN para compra e até 500 mil para venda (10h30), e até 2 milhões de NTN-F para compra e até 300 mil para venda (11h30). Na sexta-feira, 22, as taxas fecharam perto dos ajustes, com viés de baixa no curtos e médios e de alta nas longas, num dia de liquidez baixa.

Ao longo da semana, os investidores devem reagir à ata da reunião do Copom (terça-feira), e monitorar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e o IGP-M de junho, ambos na quinta-feira, 28, após o Copom ter sinalizado na semana passada, ao manter a Selic em 6,50%, que a porta está aberta tanto para aumento como manutenção da taxa na reunião de agosto.

No exterior, a cautela se mantém após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar retaliar países que não retirarem “barreiras artificiais” contra produtos americanos.

Às 9h46 desta segunda, o DI para janeiro de 2021 exibia 9,69%, de 9,72% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2023 estava em 11,19%, de 11,20% no ajuste de sexta-feira. No câmbio, o dólar à vista caía 0,24%, aos R$ 3,7711. O dólar futuro de julho recuava 0,37%, aos R$ 3,7720. Na renda fixa, o DI para janeiro de 2019 estava em 7,000%, de 7,040% no ajuste de sexta-feira.

Mais cedo, a pesquisa Focus mostrou que o mercado elevou a previsão para o IPCA deste ano de 3,88% para 4,00%. Já a projeção para o índice em 2019 permaneceu em 4,10%. Já as projeções para Selic foram mantidas em 6,50% no fim deste ano e em 8,00% no final de 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano, por sua vez, subiu de R$ 3,63 para R$ 3,65. Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,60.

Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 1,17% na terceira quadrissemana de junho, representando aceleração, já que na leitura anterior a taxa fora de 1,00%. O índice foi divulgado mais cedo pela FGV.