A taxa de desemprego no Reino Unido saltou em novembro para seu maior patamar em quatro anos, com o aumento das infecções por coronavírus e consequentes medidas governamentais que afetaram a atividade econômica.

A taxa de desemprego britânica foi de 5% no período de três meses até novembro, em comparação a 4,5% no período de três meses até agosto, segundo dados oficiais divulgados nesta terça. Trata-se do pior resultado desde meados de 2016.

Para o economista de mercados desenvolvidos do ING, James Smith, a taxa poderá se agravar ainda mais, para níveis de 6% a 7%, se o apoio de Londres for removido antes que todos os setores sejam totalmente reabertos. O programa de licença deve terminar em abril, e o fato de que ainda havia mais de um milhão de trabalhadores “totalmente licenciados” em outubro, quando o esquema estava originalmente programado para terminar, mostra que há um grande grupo de trabalhadores que não conseguiram trabalhar devido às restrições, diz Smith.

Além disso, a interrupção decorrente do novo acordo entre o Reino Unido e a União Europeia também inevitavelmente colocará pressão sobre os empregos, à medida que as empresas continuam lutando contra o avanço constante dos custos e das barreiras comerciais, ponderou Smith.