Uma boa e uma má notícia ao mesmo tempo. A boa: nos últimos quatro anos, mais de 600 espécies de plantas e animais foram descobertas na Amazônia. A má: boa parte delas só foi identificada quando sua existência já estava em risco.

O levantamento foi feito pelo Greenpeace, que aponta ações do homem como as principais ameaças para as espécies. Entre elas, o desmatamento da floresta, os incêndios, a degradação do solo e a poluição das águas. Na lista das descobertas, a cobra tikuna e o mico munduruku. A primeira, em 2015. A segunda, em 2019. E ambas já na lista vermelha da extinção.

Além de seu desaparecimento precoce engrossar a perda da biodiversidade agravada com o aquecimento global em curso, traz em si o fechamento de novas janelas de oportunidades que poderiam ser criadas na bioeconomia.

Produtos e serviços baseados na natureza movimentaram mais de US$ 285 bilhões no Brasil em 2016, segundo o BNDES e tem potencial para ultrapassar a marca de US$ 1,2 trilhão até 2030.

Fabio X

(Nota publicada na edição 1254 da Revista Dinheiro)