Aviões militares chineses fizeram uma breve incursão nesta segunda-feira (10) ao espaço aéreo de Taiwan – denunciou Taipei.

O Ministério da Defesa de Taiwan informou que teve de ordenar a decolagem de seus próprios aviões e espalhar avisos, depois que um bombardeiro chinês H-6 e dispositivos de acompanhamento cruzaram a “linha do meio” que separa a China da ilha, no Estreito de Taiwan.

Nos últimos anos, a China aumentou o número de voos de seus aviões de combate e aumentou a presença de navios de guerra perto de Taiwan, em várias demonstrações de força, desde que o partido da presidente Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016.

Tsai Ing-wen é uma firme opositora do princípio de uma “única China”, segundo o qual Pequim proíbe outros países de manterem relações oficiais com Taiwan.

Tsai foi reeleita em janeiro, depois de uma campanha na qual se impôs como defensora dos valores democráticos contra o autoritarismo de Pequim.

Desde a chegada dos comunistas ao poder em Pequim, em 1949, e a fuga dos nacionalistas para Taiwan, a China considera a ilha, governada de forma independente, como parte de seu território.

O sobrevoo da “linha do meio”, tacitamente reconhecida como uma fronteira entre ambas as partes, é muito incomum.

Em março de 2019, dois caças J-11 chineses também cruzaram a “linha do meio”, levando Taipei a denunciar “uma ação intencional, perigosa e provocativa”.