A Taesa espera obter até dezembro os benefícios fiscais para quatro de seus novos empreendimentos por parte da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), além da renovação do benefício para outras duas concessões. Segundo o presidente da companhia, Raul Lycurgo Leite, a companhia deu entrada no primeiro semestre com o pedido para o benefício, que reduz em 75% o Imposto de Renda devido na exploração das concessões de transmissão.

Durante teleconferência com analistas e investidores, o executivo comentou que a companhia já obteve o incentivo da Sudam para o empreendimento Miracema, uma linha de transmissão de 90 quilômetros localizada em Tocantins, e espera a publicação em breve do benefício para o projeto Janaúba, composto por 542 quilômetros de linhas entre a Bahia e Minas Gerais. “Acreditamos que até o final de dezembro teremos Aimorés e Paraguaçu”, disse, referindo-se a projetos localizados também entre Minas Gerais e Bahia, na região incentivada. “Estão em fase final de andamento de analise por parte da Sudene, então acreditamos que os incentivos serão aprovados pelos órgãos competentes”, acrescentou.

Lycurgo também comentou que a companhia também solicitou duas renovações do incentivo, mas não citou o nome das concessões. “Acreditamos que tanto as duas renovações quanto os projetos serão renovados”, disse.

BNB

Além de obter o benefício fiscal da Sudene, a Taesa tem aproveitado também os benefícios da localização dos projetos para a obtenção de financiamento a custos mais baixos por meio do Banco do Nordeste (BNB). A companhia assinou em setembro um contrato de prazo de 20 anos para o projeto Janaúba, levando a uma alavancagem do empreendimento de cerca de 73%.

Mas o presidente da Taesa sinalizou aos analistas incerteza quanto ao futuro da linha, tendo em vista a mudança no governo em 2019. “Teríamos que aguardar a entrada do novo governo para ver o posicionamento com relação a esses financiamentos com subsídio”, disse.

Diante da dúvida, a companhia pode acelerar a definição de seus financiamentos para os projetos Aimorés e Paraguaçu. “Dá tempo para assinar com o BNB essas duas concessões, se definir que vai ser com o BNB”, disse Lycurgo.