A Apple encerrou o pregão da quarta-feira 21 valendo US$ 880 bilhões. Nada mau para uma única empresa, mas 13% abaixo de pico de US$ 1,01 trilhão registrado no início de novembro. Outros papéis também desabaram. Alphabet, a companhia controladora do Google, caiu 10%. No caso de Facebook e Amazon, as perdas no mês superam 20%. A queda dos papéis fez os principais índices de ações mergulharem no terreno negativo. O Dow Jones registra uma desvalorização de 1%, e o S&P 500 recua 0,9%. O único índice relevante ainda no azul é o Nasdaq, com magros 1% de valorização.

O que provocou essa queda foram as ações de tecnologia. A crescente valorização dessas empresas hipertrofiou sua importância relativa nos índices. Assim, qualquer movimento, para cima ou para baixo, é amplificado para o mercado como um todo. Na quinta-feira 21, o Facebook admitiu oficialmente que havia contratado empresas de marketing político para difamar concorrentes, algo que havia circulado no dia 16 de novembro. A confirmação afetou ainda mais a imagem já arranhada da empresa de Mark Zuckerberg, provocando quedas em suas ações e nas das concorrentes.

Os analistas americanos estão céticos. “A economia está a caminho de um desaquecimento e essas notícias não ajudam empresa anticíclicas, como o Facebook”, diz Robert Carnell, economista-chefe do banco ING para a região da Ásia-Pacífico. (C.G.)